Você consegue conectar moda e arquitetura?

No primeiro momento, é normal não conseguir fazer a conexão entre moda e arquitetura. Mas depois que você compreende que moda é muito mais do que looks e arquitetura vai muito além do lugar, a conexão começa a ficar mais clara. Isso porque a matéria-prima do processo criativo da moda e da arquitetura é o corpo humano, a proporção e a busca pela forma.

O que vestimos e onde moramos são reflexos das nossas expressões. Olhe para o seu ambiente e perceba que há um toque pessoal, mesmo que esteja em um ambiente de trabalho mais frio neste exato momento. O mesmo acontece com o que está vestindo. Mesmo na rotina, na correria, na falta de tempo, existe você no que veste e no ambiente que ocupa. E quando percebemos isso como uma forma de expressão, fica claro como podemos utilizar esses dois conceitos de forma mais assertiva, criando um ambiente e um estilo que se conectam mais conosco.

Quando organizamos nossa casa, além da funcionalidade e aproveitamento dos recursos disponíveis, estamos imprimindo nosso estilo e a forma como nos sentimos, pensamos e conectamos com o mundo. O ambiente que habitamos e as peças que usamos para nos vestir espelham nossos comportamentos momentâneos e também traços da nossa personalidade.

A conexão da moda e da arquitetura está no ser, há uma relação íntima de expressão e ocupação do espaço de acordo com nosso repertório, nossas vivências, sejam elas afetivas ou intelectuais. Questões pessoais, políticas, religiosas, culturais…todas essas influências impactam no seu vestir e habitar, duas necessidades básicas do ser. Vão muito além da estética, vão na individualidade.

Quando percebe que há sim uma conexão entre moda e arquitetura e que ambas são formas de expressão e reflexo do seu ser, fica mais claro o que você deseja para se vestir e para o seu ambiente. Compreende porque se sente bem em tal lugar e não tão bem assim em outro? Porque se sente bem com uma roupa e não tem bem com outra? Um conjunto de influências e repertório que determinam como quer se expressar e ocupar seu espaço.

Laís Faustino

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